sábado, dezembro 17, 2011

As saudades

Existem algumas coisas que nos causam saudades, a mim é escrever neste blog. Tenho-me mantido afastada porque enquanto estou a trabalhar não tenho tempo e quando saio do trabalho não quero nem ver um computador à frente.

É uma enorme perda de registo de pequenos actos do quotidiano que às vezes se tornam tão reveladores da minha evolução pessoal e também da evolução do meio que me rodeia.

Hoje, 17 de Dezembro, ouvi uma notícia que me deixou bem animada face à actual situação do país. Em Bruxelas aumentaram as quotas de pesca para o bacalhau, a pescada, o tamboril entre outros. É uma excelente notícia já que nos últimos anos cada reunião trás a notícia de mais cortes nas quotas pesqueiras, mais abates de navios pesqueiros, mais desemprego e miséria.

Continuo convencida que Portugal se vai erguer do gigantesco buraco em que se meteu desde que honre os seus compromissos e continue a trabalhar para corrigir deficiências de gestão que existem desde que se deu a revolução dos cravos. Vejo no dia-a-dia que o valor da solidariedade tem ganho um novo valor. Os portugueses entenderam finalmente que a Segurança Social não pode, não porque não queira, mas porque não tem dinheiro, ajudar tudo e todos. Infelizmente, os números do desemprego em Portugal, sempre a aumentar, demonstram que vivemos uma época negra e que vai ser necessária muita solidariedade para o país não enfrentar enormes convulsões sociais.

Sinceramente, esta crise também vai permitir que se separe de uma vez por todas o trigo do joio na função pública. Aqueles funcionários que não têm qualificações e que já estão perto da idade da aposentação terão obrigatoriamente que sair, os restantes terão que trabalhar ainda mais. No sector privado, já há muito que quem não produz tem que ceder o seu lugar a outros.

Provavelmente, 2012 será um ano terrível em Portugal, mas também será um ponto de viragem que nos vai obrigar a disciplina, rigor, método e capacidade de reacção em cenários adversos.

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