Episódio 1 - Autor: Capitão-mor
Episódio 2 - Autor: LoiS
Episódio 3 - Autora: Jade
Episódio 4 - Autor: Capitão-mor
Episódio 5 - Autor: LoiS
Episódio 6 - Autor: Maríita
- “Eu mesma” diz João sem se desfazer, “Querido, tira a capa e a camisa, se fizeres favor. Amélia muda a frequência para a tipo 3”.
Ao mesmo tempo que a João dava estas ordens, Augusto Luís ia-se despindo e não parava de fazer perguntas:
- “Nikita? Que raio de nome é esse? Já me viste em calções mil vezes para que é que me queres ver de tronco nu?”
- “Sabes como eu sou, uma apaixonada pela música melosa do Elton John e nada me dá mais gozo do que te ver em tronco nu” – disse a João sem se desfazer, “vira-te”. Com um movimento rápido a João arrancou o adesivo que prendia o microfone às costas de Augusto Luís. “Toma este comprimido e vomita para cima da capa, nem um pio ou corremos ambos risco”.
Augusto Luís fez exactamente o que a João lhe tinha dito, ainda estava atordoado por ter ali, a amiga de toda a vida, naquela posição, e sem microfone a Amélia já não podia ver como ele era um valentão. Por seu turno, a João dirigiu-se à porta e entregou a capa com vomitado ao outro segurança dizendo-lhe:
- “Arranja outra que o chefe gosta de tudo imaculado e perfeito, se alguma coisa estragar a festinha dele hoje, estamos lixados”.
- “Amélia estás a ouvir-me?”- perguntou a João;
- “Perfeitamente. Posso saber como é que estás ai? Disseram-me que estavas morta?” – retorquiu Amélia.
- “Morta?! Que disparate! Estive incontactável por uns dias…foi bonita a cerimónia ao menos?” – João tinha uma ironia corrosiva que deixava todos boquiabertos.
Augusto Luís andava nervosíssimo dum lado para o outro. E só pensava que tinha perdido a sua hipótese de ouro de se exibir frente a Amélia.
- “Oiçam-me os dois se faz favor, temos muito pouco tempo, o outro segurança só tem que descer três laços de escadas, agarrar na capa e regressar. Amélia, o meu objectivo é apanhar um traficante de armas, Mihail Tchevchenko que está hoje aqui na quinta para fechar um negócio. A Débora tenciona pagar esse negócio com o resgate do Reis e deixar que Horácio Lobo acabe com os rapazes, não sem que antes ele se divirta um pouco, ele adora torturar pessoas e descobriu através desta seita a fórmula perfeita, anda toda a gente possuída por Satanás e isso manifesta-se por um desejo incontrolável de sexo. A luxúria é provocada por doses elevadíssimas de viagra e alguns morrem de ataque cardíaco. Tenho comigo mais 5 efectivos, dois vão ajudar os rapazes a fugir, os restantes vêm comigo atrás do Tchevchenko. Tens que ir buscar as mulheres do Lemos e do Ferreira, eles têm-nas vigiadas e matá-las-ão se houver qualquer problema aqui dentro. Manda uma brigada já”.
“Quanto a ti, Augusto Luís, preciso que digas ao Ferreira que reabilite o capitão-mor, diz-lhe que ganhe tempo na sala onde estão agora, foram instruções superiores, ele saberá o que fazer. Quando chegar a altura ponham-se a andar daqui para fora, não se preocupem com nada mais, a equipa de operacionais que está lá fora leva-os para local seguro. Escusado será dizer que estás proibido de dizer aos restantes meninos que eu estou aqui, pelo menos até estar tudo acabado”.
O segurança mete a cabeça pela porta e entrega a capa dizendo: “vamos que o chefe está a ficar impaciente”.
Regressam à sala, exactamente aos mesmos locais, Ferreira faz um ar muito preocupado, e murmura: “Estás bem? Estás muito pálido!”
“Estou bem, nem imaginas, acabei mesmo por me vomitar todo, depois a Nikita arrancou-me o microfone à bruta, mas tenho um recado para ti, ela mandou dizer que o capitão-mor está reabilitado e que tens que ganhar tempo nesta sala”.
“Silêncio” a voz troou pelo salão. “Podemos passar aos negócios que nos trouxeram aqui? Acompanhem-me!” disse Horácio Lobo.
“Só um momento”, disse o Ferreira, “não vai ninguém a lado nenhum, sem vermos se o Reis está bem”.
“Com certeza, tem direito a ver a qualidade da mercadoria que vai comprar”, disse o sacerdote sorrindo, “tragam-no e dispam-no”.
O Reis é posto sob um holofote sempre acompanhado por duas mulheres nuas com um corpo escultural. Retiram-lhe a capa que o cobre.
“O que são essas escoriações?” - indaga Ferreira – “bateu no nosso amigo? Isso é totalmente inadmissível!”
“Eu não bato em ninguém, o seu amigo tentou fugir às suas guardiãs e elas aplicaram-lhe um castigo com um chicote de tiras. Conhece o tipo?” – Retorquiu sarcasticamente o Sacerdote, “mas depois elas arrependeram-se e deram-lhe uns mimos para ele não se sentir tão mal”.
“Reis, tu estás bem? Sentes-te bem? Não tens nada partido?” perguntou o Fonseca nervoso.
O Reis ainda tentou levantar a cabeça, mas as duas mulheres ao lado dele puxaram de um chicote de tiras e ele baixou de imediato a cabeça e encolheu-se. Para os olhos experientes do Ferreira aquela reacção bastava-lhe. Tinha que empatar, eram essas as ordens:
“Porque é que maltratou o nosso amigo? Para que foi isso? Já reunimos o dinheiro, temo-lo connosco, não havia necessidade de brutalidade.”
“Bem meu amigo”, disse o sacerdote pausadamente, “ele tentou fugir e eu tenho um prazer sádico em infligir dor nos outros, mas se quiser tomar o lugar do seu amigo esteja à vontade, afinal vai-se divorciar em breve e nem tem filhos. Ninguém dará pela sua falta”.
Uma mulher sai detrás do sacerdote e fala:
“Nós queremos o dinheiro e vocês levam o vosso amiguinho. Te parece bem?” Diz a misteriosa Débora olhando para Ferreira.
“É melhor tirarem as algemas e correias do Reis, assim vai ser difícil negociar e podemos limitarmo-nos a ir embora” disse ousadamente o Augusto Luís.
“E a formiga tem catarro…pensava que só o amigo Blue Velvet é que falava. Tirem as algemas meninas e empurrem o vosso insaciável prisioneiro para perto dos amigos. C1 e C3, agarrem na pasta do dinheiro e entreguem-na à senhora” disse o sacerdote.
Assim que Débora abriu a mala, deu-se uma explosão que precipitou os acontecimentos. Os quatro amigos viram serem lançadas umas bombas de gás lacrimogéneo, dois seguranças empurraram-nos para a saída, dando tiros à sua passagem, Augusto Luís ia distribuindo uns golpes que tinha aprendido nas artes marciais e o Lemos, possuído por uma fúria destruidora, agarrava em todos os objectos decorativos que podia e ia atirando ao inimigo. Já na rua os amigos foram metidos numa carrinha que arrancou a grande velocidade.
Dentro da casa grande, a João vendo que não tinha as provas que necessitava para prender o russo Mihail Tchevchenko, deu voz de prisão a todos quantos não pertencessem à sua força. Conseguiram prender Horácio Lobo, mas a perigosa Débora continuava à solta. A João lançou-se numa perseguição pelo corredor que levava à cozinha, precisava de a apanhar ou ela mataria quem se metesse no seu caminho.
- “Amélia, estou a correr para a cozinha atrás da Débora. Vem ajudar-me se faz favor. Tenho muitas informações para ti.” Dizia a João com o coração a bater descompassadamente.
Amélia desatou a correr para dentro da casa onde reinava a maior das confusões, havia fumo e tiros por todos os lados, pelos vistos o Mihail Tchevchenko trazia companhia porque os outros estavam todos presos. Seguiu um corredor estreito quando um tiro ressoou aos seus ouvidos.
“Foda-se esta merda, fui atingida pela Débora!” gritou a João.
Ao mesmo tempo que a João dava estas ordens, Augusto Luís ia-se despindo e não parava de fazer perguntas:
- “Nikita? Que raio de nome é esse? Já me viste em calções mil vezes para que é que me queres ver de tronco nu?”
- “Sabes como eu sou, uma apaixonada pela música melosa do Elton John e nada me dá mais gozo do que te ver em tronco nu” – disse a João sem se desfazer, “vira-te”. Com um movimento rápido a João arrancou o adesivo que prendia o microfone às costas de Augusto Luís. “Toma este comprimido e vomita para cima da capa, nem um pio ou corremos ambos risco”.
Augusto Luís fez exactamente o que a João lhe tinha dito, ainda estava atordoado por ter ali, a amiga de toda a vida, naquela posição, e sem microfone a Amélia já não podia ver como ele era um valentão. Por seu turno, a João dirigiu-se à porta e entregou a capa com vomitado ao outro segurança dizendo-lhe:
- “Arranja outra que o chefe gosta de tudo imaculado e perfeito, se alguma coisa estragar a festinha dele hoje, estamos lixados”.
- “Amélia estás a ouvir-me?”- perguntou a João;
- “Perfeitamente. Posso saber como é que estás ai? Disseram-me que estavas morta?” – retorquiu Amélia.
- “Morta?! Que disparate! Estive incontactável por uns dias…foi bonita a cerimónia ao menos?” – João tinha uma ironia corrosiva que deixava todos boquiabertos.
Augusto Luís andava nervosíssimo dum lado para o outro. E só pensava que tinha perdido a sua hipótese de ouro de se exibir frente a Amélia.
- “Oiçam-me os dois se faz favor, temos muito pouco tempo, o outro segurança só tem que descer três laços de escadas, agarrar na capa e regressar. Amélia, o meu objectivo é apanhar um traficante de armas, Mihail Tchevchenko que está hoje aqui na quinta para fechar um negócio. A Débora tenciona pagar esse negócio com o resgate do Reis e deixar que Horácio Lobo acabe com os rapazes, não sem que antes ele se divirta um pouco, ele adora torturar pessoas e descobriu através desta seita a fórmula perfeita, anda toda a gente possuída por Satanás e isso manifesta-se por um desejo incontrolável de sexo. A luxúria é provocada por doses elevadíssimas de viagra e alguns morrem de ataque cardíaco. Tenho comigo mais 5 efectivos, dois vão ajudar os rapazes a fugir, os restantes vêm comigo atrás do Tchevchenko. Tens que ir buscar as mulheres do Lemos e do Ferreira, eles têm-nas vigiadas e matá-las-ão se houver qualquer problema aqui dentro. Manda uma brigada já”.
“Quanto a ti, Augusto Luís, preciso que digas ao Ferreira que reabilite o capitão-mor, diz-lhe que ganhe tempo na sala onde estão agora, foram instruções superiores, ele saberá o que fazer. Quando chegar a altura ponham-se a andar daqui para fora, não se preocupem com nada mais, a equipa de operacionais que está lá fora leva-os para local seguro. Escusado será dizer que estás proibido de dizer aos restantes meninos que eu estou aqui, pelo menos até estar tudo acabado”.
O segurança mete a cabeça pela porta e entrega a capa dizendo: “vamos que o chefe está a ficar impaciente”.
Regressam à sala, exactamente aos mesmos locais, Ferreira faz um ar muito preocupado, e murmura: “Estás bem? Estás muito pálido!”
“Estou bem, nem imaginas, acabei mesmo por me vomitar todo, depois a Nikita arrancou-me o microfone à bruta, mas tenho um recado para ti, ela mandou dizer que o capitão-mor está reabilitado e que tens que ganhar tempo nesta sala”.
“Silêncio” a voz troou pelo salão. “Podemos passar aos negócios que nos trouxeram aqui? Acompanhem-me!” disse Horácio Lobo.
“Só um momento”, disse o Ferreira, “não vai ninguém a lado nenhum, sem vermos se o Reis está bem”.
“Com certeza, tem direito a ver a qualidade da mercadoria que vai comprar”, disse o sacerdote sorrindo, “tragam-no e dispam-no”.
O Reis é posto sob um holofote sempre acompanhado por duas mulheres nuas com um corpo escultural. Retiram-lhe a capa que o cobre.
“O que são essas escoriações?” - indaga Ferreira – “bateu no nosso amigo? Isso é totalmente inadmissível!”
“Eu não bato em ninguém, o seu amigo tentou fugir às suas guardiãs e elas aplicaram-lhe um castigo com um chicote de tiras. Conhece o tipo?” – Retorquiu sarcasticamente o Sacerdote, “mas depois elas arrependeram-se e deram-lhe uns mimos para ele não se sentir tão mal”.
“Reis, tu estás bem? Sentes-te bem? Não tens nada partido?” perguntou o Fonseca nervoso.
O Reis ainda tentou levantar a cabeça, mas as duas mulheres ao lado dele puxaram de um chicote de tiras e ele baixou de imediato a cabeça e encolheu-se. Para os olhos experientes do Ferreira aquela reacção bastava-lhe. Tinha que empatar, eram essas as ordens:
“Porque é que maltratou o nosso amigo? Para que foi isso? Já reunimos o dinheiro, temo-lo connosco, não havia necessidade de brutalidade.”
“Bem meu amigo”, disse o sacerdote pausadamente, “ele tentou fugir e eu tenho um prazer sádico em infligir dor nos outros, mas se quiser tomar o lugar do seu amigo esteja à vontade, afinal vai-se divorciar em breve e nem tem filhos. Ninguém dará pela sua falta”.
Uma mulher sai detrás do sacerdote e fala:
“Nós queremos o dinheiro e vocês levam o vosso amiguinho. Te parece bem?” Diz a misteriosa Débora olhando para Ferreira.
“É melhor tirarem as algemas e correias do Reis, assim vai ser difícil negociar e podemos limitarmo-nos a ir embora” disse ousadamente o Augusto Luís.
“E a formiga tem catarro…pensava que só o amigo Blue Velvet é que falava. Tirem as algemas meninas e empurrem o vosso insaciável prisioneiro para perto dos amigos. C1 e C3, agarrem na pasta do dinheiro e entreguem-na à senhora” disse o sacerdote.
Assim que Débora abriu a mala, deu-se uma explosão que precipitou os acontecimentos. Os quatro amigos viram serem lançadas umas bombas de gás lacrimogéneo, dois seguranças empurraram-nos para a saída, dando tiros à sua passagem, Augusto Luís ia distribuindo uns golpes que tinha aprendido nas artes marciais e o Lemos, possuído por uma fúria destruidora, agarrava em todos os objectos decorativos que podia e ia atirando ao inimigo. Já na rua os amigos foram metidos numa carrinha que arrancou a grande velocidade.
Dentro da casa grande, a João vendo que não tinha as provas que necessitava para prender o russo Mihail Tchevchenko, deu voz de prisão a todos quantos não pertencessem à sua força. Conseguiram prender Horácio Lobo, mas a perigosa Débora continuava à solta. A João lançou-se numa perseguição pelo corredor que levava à cozinha, precisava de a apanhar ou ela mataria quem se metesse no seu caminho.
- “Amélia, estou a correr para a cozinha atrás da Débora. Vem ajudar-me se faz favor. Tenho muitas informações para ti.” Dizia a João com o coração a bater descompassadamente.
Amélia desatou a correr para dentro da casa onde reinava a maior das confusões, havia fumo e tiros por todos os lados, pelos vistos o Mihail Tchevchenko trazia companhia porque os outros estavam todos presos. Seguiu um corredor estreito quando um tiro ressoou aos seus ouvidos.
“Foda-se esta merda, fui atingida pela Débora!” gritou a João.
*** *** *** ***
Para a próxima semana, não percam o episódio escrito pelo meu amigo virtual CP
6 comentários:
Parabéns, está muito bom :)
Beijinhos
Fantástico. Oh rapariga tu escreves muito bem.
Beijinhos
Finalmente chegámos à acção concreta com direito a explosivos e tudo o mais! Só faltava mesmo uma alucinante perseguição automóvel...
Tenho andado fugida (final do ano lectivo, sabes como é...), no entanto, logo na quarta-feira li o novo episódio só que na altura não comentei. Acho que está excelente, cheio de acção e suspense. Engraçado que estou morta por saber o destino da Amélia, talvez por me sentir um pouco mãe da personagem. Vamo ver o destino que o CP arranja para todas elas...
Adorei!
Beijinhos para ti e já agora para o Capitão que já vi que por aqui passou.
Isto está a ficar cada vez mais empolgante!!!
Aguardando 4ª feira....
Parabéns Maríita!
Beijinhos
Mariita,
Revelou-se uma grande escritora. Eu, que peguei o bonde andando, já estou ansiosa pelo próximo capitulo.
Parabéns !!!
Abraços,
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