Desde meados de Outubro que estou a fazer um curso de esloveno na Faculdade de Letras. É um espectáculo! A sala de aula, no Pavilhão Novo da FL, parece que passou pela Segunda Guerra Mundial, tem fissuração a 45º por todos os lados, é gélida, buracos nas paredes e tem a particulariedade de às 20h00 pontualmente ter uma muito amável funcionária que fecha as luzes no quadro principal e depois vai a todas as salas, de lanterna em riste, dizer: "o Pavilhão vai fechar!". A sério que todo o PN é surrealista, as paredes castanhas escuras, um cheiro pestilento e um pessoal tão simpático, mas tão simpático que o maior desejo que tenho é de vê-los pelas costas. As aulas em si são cansativas e alternam entre as muito intensas e as "mega seca", infelizmente os meus colegas são na sua esmagadora maioria estudantes, respeitam demasiado a professora e não aparvalham.
O conceito de aparvalhar nasceu quando ainda estava na Universidade, 6h00 de Inglês e Espanhol (e não me digam que o espanhol é fácil e muito parecido com o português, SFF) por semana, fora as restantes disciplinas, ajudam a estas coisas... Íamos para o bar da biblioteca e aparvalhávamos, ou seja, só dizíamos disparates e outros dislates. Também lagartávamos mas esse é um conceito próprio dos sportinguistas que se sentavam nos degraus de pedra a apanhar sol e a discutir futebol, entre outras coisas.
De regresso ao esloveno, gostaria muito de transmitir aos meus jovens colegas o conceito de aparvalhar porque, após um dia de trabalho, confesso que não convém estar duas horas concentrada em verbos, advérbios e declinações sem meia dúzia de gargalhadas sonoras.
Hvala lepa. Na svidenje!
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