Tenho uma quantidade enorme de sentimentos em relação à Presidência Portuguesa da União Europeia, são sentimentos confusos e contraditórios, mas em nenhum dele desejo que a Presidência falhe. Lá porque não votei neste governo e não os suporte, nasci neste país que adoro. Assim sendo, desejo o melhor para Portugal.
A Presidência portuguesa é ambiciosa. Centenas de reuniões em território português e outras tantas em Bruxelas sob a batuta do nosso governo. Mas há uma que eu acarinho com especial empenho.
A Cimeira UE - África é a menina dos olhos de Portugal e já agora, minha também. Nem quero pensar no trabalho que organizar essa cimeira vai dar, nem quero pensar na logística, ou melhor, sobretudo não quero pensar na logística. Mas gostava de pensar sim, que a última Cimeira UE - África foi no ano 2000 na outra Presidência portuguesa, e gostava de pensar que as relações bilterais entre estes dois blocos de países têm que se intensificar para permitir um melhor futuro para todos. Ora, é neste ponto que a porca torce o rabo, existe um homem, um único homem que com a sua ditadura e a sua postura na política ameaça aquilo que poderia ser uma nova alvorada para todos. O Senhor Robert Mugabe, presidente dos Zimbabué, com as suas políticas anti-democráticas e hóstis para com os cidadãos do seu próprio país, mas sobretudo do Reino Unido, inviabiliza, neste momento, a cimeira.
Pode-se acusar o Reino Unido de ser irredutível e de impedir a realização desta cimeira por questões sobretudo internas, mas o verdadeiro culpado é o Senhor Robert Mugabe que se agarrou ao poder com unhas e dentes e que neste momento prejudica todo um continente.
Tem-se acusado a União Europeia de se esquecer de África e de só querer retomar este dossier por causa da emigração ilegal que afecta sobretudo Itália e Espanha. Para mim, é muito mais que uma questão de emigração, é a possibilidade de dotar África dos meios que permitam aos africanos viver de um modo condigno, dando-lhes os instrumentos para criar as suas próprias infra-estruturas.
Chamem-me utópica, mas eu gostava de viver num mundo melhor.
3 comentários:
Isto é que foi voltar ao passado... 20 anos talvez?
Se desejar um mundo melhor é utopia então que o sejamos todos!
Beijinho
Bom, creio que Portugal será o país mais indicado para empreender este projecto. Ao contrário, da França e da GB, mativémos uma relação fraternal com as nossas ex-colónias e fortes interesses no continente negro. No entanto, o futuro de África avizinha-se cada vez mais alarmante. Prevê-se que daqui a poucos anos, grandes extensões territoriais serão imraticáveis para a agricultura, os conflitos étnicos continuam em alta, as multinacionais farmacêuticas mantém uma política vergonhosa para o continente. Contudo, também existem casos bem sucedidos e que poderão ser o caminho a seguir. Apesar de todos os problemas, a África do Sul consegue-me surpreeender, o Bostswana, a Namíbia, Angola pacificada e um Moçambique promissor.
Todos se preocupam quando sofrem na pele o subdesenvolvimento de outrém !
Caso contrário quem quer saber !
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